Se você já respondeu, na página anterior, a quem
daria a chave do seu cofre, vamos agora imaginar outra situação.
Um dia ele se comove e resolve ajudar. Todo o mês passa a dar para você um dinheirinho, a ajudar para que seus filhos possam estudar, a oferecer uma cesta com diversos alimentos. Sua família, ao acreditar que sua vida melhorou muito, fica feliz e agradecida.
Entretanto, o ricaço ajuda o outro pobre de maneira bem diferente. O convida para trabalhar em sua empresa e lhe oferece um excelente salário. Pouco tempo depois, ele e a família podem fazer passeios que não faziam antes, seus filhos começam a freqüentar uma boa escola particular, têm acesso a bons médicos e passam a se vestir bem. Orgulhosos, agora eles andam de cabeça erguida. Vocês, que têm outro tipo de auxílio, olham para eles e mal os reconhecem.
Até que um dia, o ricaço morreu,
mas fábrica está cada vez melhor.
***
Ao remendar uma roupa melhoramos sua aparência, mas ela continua tão velha quanto antes. Este é o mesmo efeito que donativos do governo têm na vida dos pobres: um mero remendo. Eles passam a ter mais, porém sua vida continua precária como sempre foi.
É muito fácil, para qualquer governo, distribuir para o povo o dinheiro que arrecada com impostos e taxas pagas pelos brasileiros (inclusive o pobre quando faz qualquer compra no supermercado). É um método que agrada aos necessitados, que são pouco exigentes e se contentam com qualquer coisinha a mais. Porém não requer do governo muito planejamento, nem muito trabalho. É simples, basta abrir os cofres.
Para saber se a vida do povo melhorou, como afirmam, basta retirar todas os donativos que recebem do governo. Ele verá, então, que a mudança em que acreditava era imaginária, pois na verdade nada mudou. Ele continua como sempre foi, um ser incapaz de viver bem por conta própria, sem depender dos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário