segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pergunte a um 'pobre':











Se você já respondeu, na página anterior,  a quem
daria a chave do seu cofre, vamos agora imaginar outra situação.


Na rua em  que você mora há outra família que passa pelas mesmas  dificuldades que a sua.  Perto de vocês vive um ricaço num casarão enorme.

Um dia ele se comove e resolve ajudar.   Todo o mês passa a  dar para você um dinheirinho, a ajudar para que seus filhos possam estudar,  a oferecer uma cesta com diversos alimentos.  Sua família, ao acreditar que sua vida melhorou muito,  fica feliz e agradecida.

Entretanto, o ricaço ajuda o outro pobre de maneira bem diferente.   O convida para trabalhar em sua empresa e  lhe oferece um excelente salário.  Pouco tempo depois, ele  e a família podem fazer passeios que não faziam antes, seus filhos começam a freqüentar uma boa escola particular,  têm acesso a bons médicos e  passam a se vestir bem.  Orgulhosos,  agora eles andam de cabeça erguida.  Vocês, que têm outro tipo de auxílio, olham para eles  e  mal os reconhecem.

Até que um dia, o ricaço morreu,
mas fábrica está cada vez melhor.


***


Ao remendar uma roupa melhoramos sua aparência, mas ela continua tão velha quanto antes.   Este é o mesmo efeito que donativos do governo têm na vida dos pobres: um mero remendo.  Eles passam a ter mais, porém sua vida continua precária como sempre foi.

É muito fácil,  para qualquer governo, distribuir para o povo o dinheiro que arrecada com  impostos e taxas pagas pelos brasileiros  (inclusive o pobre quando faz qualquer compra no supermercado).   É um método que agrada aos necessitados, que  são pouco  exigentes e se contentam com  qualquer coisinha a mais.   Porém não requer do governo muito planejamento, nem muito trabalho.  É simples, basta abrir os cofres.

Para saber se a vida do povo melhorou, como afirmam, basta retirar todas os donativos que recebem do governo.  Ele verá, então, que a mudança em que acreditava era imaginária, pois na verdade nada mudou.  Ele continua como sempre foi, um ser incapaz de viver bem por conta própria, sem depender dos outros. 

  

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